A primeira escola com especialidade de ensino a surdos da rede estadual em Conceição do Coité.

Mostrado habilidade, Lucília Lima chamou a atenção do público presente e ajudou os surdos saber o que foi dito pelas pessoas que usaram da palavra
Foi entregue na noite de sexta-feira (05), totalmente reformada, a Escola Estadual de Bandiaçu, no município de Conceição do Coité. A unidade escolar conta com novo auditório, pavimentação, pintura, iluminação, câmeras de vigilância e banheiros reformados. A reforma parcial da unidade irá beneficiar os 294 estudantes da 5ª série do ensino fundamental à 3ª série do ensino médio, além da Educação de Jovens e Adultos (EJA). De acordo com o professor José Givaldo, coordenador da DIREC 12, foram investidos R$ 103 mil na reforma.

O evento contou com a presença do Diretor da DIREC 12 José Givaldo
O ato de inauguração, que teve início ás 20h30, contou com uma programação cultural diversificada, com destaque para a Orquestra Santo Antônio, a quadrilha de forró Moderna, utilizando som mecânico e dos alunos surdos e mudos da comunidade.
Diferencial – Durante a reforma, mesmo sem está prevista na autorização da obra, a professora Luzimeire Mercês, diretora da escola há 3 anos, disse que assumiu, conjuntamente com á arquiteta responsável pelo projeto, a responsabilidade da construção de uma sala multifuncional, criada para complementar a aprendizagem dos estudantes surdos, recebendo o aval do estado e a unidade torna-se a primeira escola estadual no município com este serviço.
Segundo Lucília Lima Costa, uma das três intérpretes que trabalha na unidade, atualmente estuda três alunos surdos, sendo dois pela manhã, três à tarde e um à noite. Ela explicou que o projeto funciona como um reforço escolar em horário diferente do turno convencional e eles estão matriculados em turmas regulares e recebem o apoio de professores com formação em Libras.

Na melhora da escola, está o calçamento da rua de acesso a duas maiores unidades de ensino da Comunidade, segundo o professor e vereador Danilo Ramos (PT). “São 2.400 metros de calçamento conseguidos com a interferência do PT”, falou o vereador petista. Ele lembrou ainda do aumento dos recursos para educação depois do governo de Wagner.

Na sala convencional foi montada uma estrutura que auxilia a aprendizagem sendo usada televisão, computador, scanner, impressora, teclados específicos, data show e outros equipamentos que possibilitam a utilização de uma metodologia focada em imagens e textos.
Deisiane Mota, ex-aluna da escola, é uma das professoras e durante as aulas regulares, atuam como intérpretes de Libras, auxiliando os estudantes no entendimento dos conteúdos mediados. Deise, como é conhecida, deixará de ensinar a partir do próximo ano, pois irá cursar biologia no Instituto Santa Inês, na cidade de Santa Inês.
Os resultados positivos no desempenho escolar já são percebidos pelos pais. Nadi Moreira, residente na Fazenda Lagoa do Barro, mãe de três estudantes beneficiadas, dentre elas, Fernanda Lima Moreira, falou ao CN, que a sala multifuncional vai auxiliar, ainda mais, a evolução das filhas na escola. “Tenho notado uma grande melhora nas notas delas. O projeto é maravilhoso e tem ajudado muito. Antes, eu não conseguia entender o que elas queriam, mas hoje eu também já aprendi bastante”, comemora a mãe.

Deisiane Mota no destaque e Fernanda Lima na segunda fila, não ouvem, mas dançam de acordo ao rítimo

Segundo dados do IBGE mostrado por Marly , em 2002, havia em Coité 960 mulheres e 1.147 homens, com alguma necessidade especial e lembrou ainda que recebeu todo apoio do coordenador de Educação Especial da SEC, o pedagogo João Prazeres, para criação deste movimento.
Especialista em Educação Especial na área de Deficiência Visual e Educação e Diferenças, Prazeres, que tem baixa visão, milita a favor dos direitos das pessoas com deficiência desde a década de 1980 e tem apoiado este projeto desde o primeiro contato com Marly e “sempre que pode, vai à comunidade que a chama de Bandarrinha”, lembrou o professor João César, da DIREC 12.

O fortalecimento da inclusão educacional é um dos 10 compromissos do programa Todos pela Escola, desenvolvido pela Secretaria da Educação, que visa garantir aos estudantes o direito de aprender.
Por: Valdemí de Assis / fotos: Raimundo Mascarenhas
Reproduzindo do Site: www.calilanoticias.com
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