Saiu na Folha, pág. B8, artigo do economista Marcelo Neri, da Fundação Getulio Vargas, do Rio, que se tornou o primeiro a perceber que “a Classe C chegou lá”.
Leia alguns trechos:
Leia alguns trechos:
Obama, Dilma, Lula e FHC disseram neste ano que o Brasil se tornou um país de classe média. A FGV estima que, entre 1993 e 2011, 59,8 milhões de pessoas (uma França) foram agregados ao que denominamos nova classe média -vulgo classe C-, chegando hoje a 55% da nossa população.
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Raça também: 75,2% da classe A/B é branca, enquanto 72,6% dos pobres são negros ou pardos (ditadura racial?). Há mais mulheres do que homens em todos os estratos. Na classe E, a diferença é de 0,95%, ante 7,23% na elite econômica (igualdade de gênero?).
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Educação é um ativo de luxo: 47,46% da elite tem pelo menos o superior incompleto e 3,17% têm mestrado ou doutorado. Nos pobres, caem para 0,78% e 0%, respectivamente (meritocracia?). Entre quem está frequentando os bancos escolares, 73,4% da elite o faz em instituições privadas, ante 3,33% dos pobres.
O Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) mostra que o aprendizado dos alunos em escolas privadas é 66,7% maior do que nas públicas.
Este post é uma singela homenagem a Ali Kamel, o nosso Gilberto Freyre, que sustenta tese interessante: não, não somos racistas.
Por isso, diz ele, o Brasil não precisa de cotas raciais nas universidades.
Já que não há, desde a Abolição, nenhum obstáculo institucional a que todo negro suba na vida.
Um jenio !
Merece outro Emmy !
Paulo Henrique Amorim
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